A arte de ver as coisas como elas realmente são, me corroem.
A minha retina, parece estar anexada à uma espécie de “máquina” abreugráfica.
Ando freneticamente fixando imagens em minha mente. Lá dentro, há um sóton
colecionador, cuja entrada está tão restrita. Como reproduzi-las sem esquecer-se
de um traço, tonalidade que desse à essa uma certa particularidade minha?
Já
não componho tanta formosura assim. Mas lá dentro? Há um toque até mágico perante a realidade.
As obras mesmas advertem: apenas olhe-me! Isso pode até ser sorte, como diriam
alguns insanos. Mas, a verdade, é que há mais um “necessidade” do que sorte.
Um
privilégio mais do que considerável. Em
que século fora criada essas preciosidades? Há uma variedade de gerações. Andei
conhecendo pessoas que, se expressam artisticamente tão bem. Compondo uma própria
linguagem racional, um fascínio até. Já não há criaturas tão cativantes nos
dias de hoje. E suas inspirações? Seriam as mesmas da minha? Eis um
equívoco. Mas vejam, sou uma sonhadora
extremamente descuidada. Custo a “acreditar” nisso que sou. O que fui exatamente em
outras vidas? Certa vez, me instigaram a esta reflexão. Em contrapontos, existe
uma espécie de “mistura genética” em transição, é o que me “alimenta” e consola
ao mesmo tempo. Enquanto a ideologia que sonda afora, essa ainda sofrendo em um
mundo ambiguamente sujo. Já “tivemos” séculos melhores. –Não cansam de me confessar.
Esses olhares cativantes andam soltos à procura de “alimento”, para a sua
própria sobrevivência. A arte é um prazer que faz viver a poesia em seus
derivantes cognitivos. Eis um texto ainda preso aos dedos.
Daiane Reis
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