30 de setembro de 2013

Glimpses of a girl

A arte de ver as coisas como elas realmente são, me corroem. A minha retina, parece estar anexada à uma espécie de “máquina” abreugráfica. Ando freneticamente fixando imagens em minha mente. Lá dentro, há um sóton colecionador, cuja entrada está tão restrita. Como reproduzi-las sem esquecer-se de um traço, tonalidade que desse à essa uma certa particularidade minha
Já não componho tanta formosura assim. Mas lá dentro?  Há um toque até mágico perante a realidade. As obras mesmas advertem: apenas olhe-me! Isso pode até ser sorte, como diriam alguns insanos. Mas, a verdade, é que há mais um “necessidade” do que sorte.
 Um privilégio mais do que considerável.  Em que século fora criada essas preciosidades? Há uma variedade de gerações. Andei conhecendo pessoas que, se expressam artisticamente tão bem. Compondo uma própria linguagem racional, um fascínio até. Já não há criaturas tão cativantes nos dias de hoje. E suas inspirações? Seriam as mesmas da minha? Eis um equívoco.  Mas vejam, sou uma sonhadora extremamente descuidada. Custo a “acreditar” nisso que sou. O que fui exatamente em outras vidas? Certa vez, me instigaram a esta reflexão. Em contrapontos, existe uma espécie de “mistura genética” em transição, é o que me “alimenta” e consola ao mesmo tempo. Enquanto a ideologia que sonda afora, essa ainda sofrendo em um mundo ambiguamente sujo. Já “tivemos” séculos melhores. –Não cansam de me confessar.
Esses olhares cativantes andam soltos à procura de “alimento”, para a sua própria sobrevivência. A arte é um prazer que faz viver a poesia em seus derivantes cognitivos. Eis um texto ainda preso aos dedos.

Daiane Reis

28 de setembro de 2013

The Invitation

Um canto, prendeu-me em um universo extremamente novo. A melodia era convidativa e eloquente. Como um timbre prestes a romper cristais, uma "sensação" gostosa, invadia o meu peito e pedia para ficar. Outrora, fora um canção agressiva e repentina. Já não "ouvia" essa "nova melodia" há muito tempo. 
Eis um vento que sopra frio e forte em minha direção. Flagelam-se as minhas vértebras. Um ser ousarias tanto assim? Sinto, uma brisa entrar pela janela do meu quarto, calmamente e a rodopiar-me com o seu perfume. Penso estar à beira de um lindo jardim. Mas, lá fora, não há flores e nem melodias. Há "vozes" gritando, clamando por sentimentos findos e ao mesmo tempo, advertendo-me. Custo a acreditar no que andam plantando por aí, inconsequentemente. Mas baby, essa canção é deliberadamente evasiva. "Sinta-a". Meu quarto guarda perfumes incríveis. Que exalam pelo ar a todo o tempo. Mas somente eu consigo sentir. Há um toque saliente nas minhas pinturas e projeções. O alinhamento dos meus livros, são precisamente calculados.Não temas! Anexei tudo em seu devido lugar. Os passos sutis dessa dança, ensinam por onde pisar. Tomei uma anedota, de uma grande garota um dia desses.
Baby, caminhemos por um segundo. Entenderás por um gesto, o quão és belo o universo. Mas jamais se esqueça, eu tenho milhões de vidas para salvar. Por mais intrínseco que soem as palavras. Não as misturem. O resultado pode ser devastador. Caminhemos apenas.

Daiane Reis

14 de setembro de 2013

GRAPE STARS


A lua era magnífica. No morro entre o céu e a planície,a alma menos audaciosa era capaz de ir contra um exército inimigo, e destroçá-lo. Vede o que não seria com este exército amigo. Estavam no jardim. Maggie enfiara o braço no dele para irem ver a lua. Os dois ficaram calados por algum tempo. Pelas janelas abertas, viam-se outra pessoas conversando. O jardim era pequeno, mas a voz humana tem todas as notas e os dois podiam dizer palavras sem serem ouvidos.
Charlie lembrou-se de uma comparação velha, muito velha, apanhada em não sei que década de 1850, ou de qualquer outra página em prosa de todos os tempos. Chamou aos olhos de Maggie as estrelas da terra, e às estrelas aos olhos do céu. Tudo isso baixinho e trêmulo.
Maggie ficou pasmada. De súbito endireitou o corpo que até ali viera pesando no braço de Charlie. Estava tão acostumada com a timidez deste... Estrelas? Olhos? Quis dizer que não caçoasse com ela, mas não achou como dar forma à resposta, sem rejeitar uma convicção que também era sua, ou então, sem animá-lo a ir adiante. Daí um longo silêncio surgiu novamente.
- Com uma diferença, disse Charlie. As estrelas são menos lindas que seus olhos, e no final nem sei mesmo o que elas sejam, Deus que as pôs tão alto, é porque não poderão ser vistas de perto, sem perder muito da formosura. Mas, os seus olhos, não! Estão aqui ao pé de mim, grandes, luminosos, mais luminosos que o céu...
Em cima, as estrelas pareciam rir daquela situação inextricável. Vá que a lua os "visse"!
A lua não sabe escarnecer, e os poetas, que a acham saudosa, terão percebido que ela amou outrora algum astro vagabundo, que a deixou ao cabo de muitos séculos. Pode até ser que ainda se amem. Os seus eclipses (perdoe-me a astronomia) talvez não sejam mais que entrevistas amorosas. 

O mito de Diana descendo a encontrar com Edimião bem pode ser verdadeiro. Descer é que é demais. Que mal há que os dois se encontrem ali mesmo no céu, como os grilos entre as folhagens cá de baixo?
A noite, mãe caritativa, encarrega-se de velar a todos. Depois, a lua é solitária. A solidão faz a pessoa séria. As estrelas em chusma, são como as moças entre seus quinze e vinte anos, (em excessão) alegres, palpiteiras, rindo e falando de tudo e de todos.

Como diria Otelo, o terrível e Tristriam Shandy, o jovial - CASTAS ESTRELAS.

10 de setembro de 2013

Instinct essence

" Além da mão que escreve, aprecia esta, não somente o ato de escrever. Cada curva, folha, páginas e tempo são marcados pela várias almas que tentem se expressar.
Os sábios tem suas moradas eternas. E seus profícuos atos, explícitos ao longo das gerações seguidas.
A alma que "fala", é aquela que sente saudades das sensações da escrita. A essência da poesia. Assim, como eu, ainda em vida."

Daiane Reis

Secrets of a dreamer

It's time to leave.
The secrets go in the trunk. Kept.
Separated for a luggage each.
Everything belongs to me.
The stars, life.
Inconstant are constants.
Feeling a privilege.
Everything belongs to me.
There is a luggage each.
Not jugues. Every one knows what is going to take inside.
I sorted everything very carefully.
Everything belongs to me.
The past now.
The memories will also ..
In the end, love is a journey. 

Everything belongs to me.

Daiane Reis

9 de setembro de 2013

Travel premeditated


Eram às oito da manhã. O dia começara nublado. O que transcorria  naquele ímpeto cantinho aconchegante, era o som da chuva que caía sobre o telhado. O cheiro da terra molhada, alimentavam seus pensamentos. E da janela, ficava a admirar a dança esbelta da chuva sobre os caos urbanos. Uma nostalgia poderia abater-te, mas não foi o que sucedeu.

Poderia ter lembrado-se da infância, das travessuras com os irmãos, da melhor amiga reencontrada depois de dez anos, da adolescência conturbada, da eterna saudade da avó querida. Dos sorrisos ao lado do pai amado. Das milhões e constantes alegrias proporcionadas pelos mais findo dos sentimentos. Mas, nada disso pesou sobre o seu universo pensante. As vezes, somos arremessados de uma forma tão lúcida, à realidade mais que presente. A realidade cruel, egoísta, a qual "nós" somos os autores. O mal social, o holocausto alheio. Somos egoísta? É, somos egoísta. Quando temos em mãos o poder de ajudar, apaziguar o sofrimento alheio que especula mais alto que o som da chuva, mais forte que um raio prestes a cair, devastando tudo ao seu redor. E nada fazemos. A cegueira coletiva é extravagante, uma moléstia. Em alguns momentos, suas expressões estagnavam diante os fatos transcorridos.

O poder para muitos é uma questão de ideologia, quando atrelado ao "capitalismo", uma arma. O mesmo, é uma espécie de ''mal-social'', visto que sua criação é ''ineficaz'', diante os milhares de problemas existentes não solucionados. O sistema aprisiona e tortura. Até quando durará tudo isso? Ficava a pequena sonhadora à mercê da loucura. Ideologia, poderia ser. Mas, era mais do que isso. Uma realidade fustrante e repugnante no fim das contas. 

O homem teria de fato evoluído? Historicamente sim. Talvez, o mesmo tenha pensado "somente" em deixar seu legado histórico. E esquecido do real sentido do ser evolutivo, o qual fora classificado. O que vemos não é mais evolução. E sim, "degressão". Generalidades são um equívoco, sempre foi. Chegava a ser estupefante aqueles segundos, porém essenciais. Fora arremessada ali. Fugir não era o propício para os seus princípios. 

E assim, aquele momento a levara à outras infinitas realidades. Corroíam-lhe a alma. Tão contraditório a existência humana. Os argumentos que a defendem. São pensamentos.. aquela manhã, duraria uma eternidade. - Como "diria" Caspian: Bem vindo à Nárnia.

E tudo se encaixaria novamente, quando de lá retornasse. O sistema obriga. 

Daiane Reis